Hoje, o Porta-voz do Departamento de Estado dos EUA divulgou uma declaração impertinente sobre a reunião do Presidente Recep Tayyip Erdoğan com os representantes do Hamas. Rejeitamos completamente esta declaração.

O facto de se considerar terrorista o legítimo representante do Hamas, que chegou ao poder em Gaza através de eleições democráticas e que constitui uma importante realidade da região, não contribuirá para os esforços orientados para a paz e a estabilidade na região.

Além disso, um país que apoia abertamente o PKK que figura na sua própria lista de organizações terroristas e que acolhe o chefe do FETÖ não tem qualquer direito a dizer nada a países terceiros sobre este assunto.

A Administração dos EUA designou o Hamas, que é também parte no processo de reconciliação intra-palestiniano, como uma organização terrorista, e subsequentemente fechou o escritório da Organização de Libertação da Palestina em Washington DC. Ao fazê-lo, a Administração dos EUA cortou o seu contacto com todas as autoridades palestinianas e com o povo da Palestina, demonstrando assim até que ponto se isolou das realidades da nossa região.

Aproveitando esta oportunidade, apelamos à Administração dos EUA a trabalhar sinceramente para a resolução do conflito israelo-palestiniano com base no direito internacional, na justiça e na equidade, prosseguindo políticas equilibradas, em vez de utilizar o seu poder e influência na região para servir os interesses de Israel de forma bastante exclusiva.